Classificação dos fonemas
Os fonemas são classificados em consoantes e vogais. Existem duas formas de fazer essa classificação: a partir do ponto de vista articulatório (de acordo com os movimentos de articulação necessários para se produzir o som) e a partir da função silábica. Do ponto de vista articulatório, vogais são sons formados pela vibração das pregas vocais e modificados nas cavidades do aparelho fonador. Na produção das vogais, a corrente de ar passa livremente por essas cavidades. Com as consoantes o quadro se modifica, pois em sua execução há sempre um obstáculo à passagem de ar. Em relação à função silábica, vogais podem ser definidas como ocupadoras do centro da sílaba, enquanto consoantes ficam às margens da sílaba: sempre aparecem acompanhadas de uma vogal.
Existe ainda outra categoria de classificação dos fonemas: as semivogais. Semivogais (ou semiconsoantes) são fonemas que ficam “no meio do caminho” entre vogais e consoantes, ou seja, apresentam características mistas. No português, são chamadas de semivogais o /i/ e o /u/ quando formam uma sílaba com uma outra vogal. Por exemplo, na palavra “herói” e “vários” o /i/ está na mesma sílaba do /o/ (HE-RÓI; VÁ-RIOS), sendo caracterizado como semivogal. O mesmo ocorre com o /u/ em palavras como “chapéu” e “quatro”. No entanto, repare que em palavras como “saúde” e “saía” (do verbo sair) o /u/ e o /i/ não são semivogais: são vogais, porque estão sozinhos em uma sílaba (SA-Ú-DE; SA-Í-A). Isso acontece porque a sílaba em que o /i/ e o /u/ se encontram é tônica e por isso eles não são semivogais nessas palavras.
Quer saber mais?
Quer saber mais sobre fonética e fonologia? Visite o site da Associação de Fonética Internacional (http://www.arts.gla.ac.uk/IPA/ipa.html) ou leia a Gramática do Português Comtemporâneo, de Celso Cunha.
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